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Guardas começam a usar pistola de choque este mês

Por Agência O Globo

05/12/2018 3h22 — em
Rio de Janeiro



RIO - A Guarda Municipal do Rio (GM) vai passar a trabalhar nas ruas até o fim deste mês com uma pistola de choque incapacita a pessoa atingida. Serão inicialmente mil armas não letais distribuídas pelas 35 unidades operacionais da corporação. Desde segunda-feira, uma turma de 60 agentes participa de treinamento na sede da GM, em São Cristóvão, oferecido pela fabricante da tecnologia. Eles se tornarão instrutores em suas unidades. A capacitação do grupo vai até amanhã. Na sexta, outros 30 guardas treinados anteriormente receberão uma aula de atualização.

A pistola, fabricada no Brasil pela Condor, se chama Spark e emite pulsos elétricos a distância (entre dois e oito metros). A cada vez que se aperta o gatilho, são lançados dois dardos, conectados ao alvo por fios. O efeito se dá sobre o sistema neuromuscular, incapacitando a pessoa por 5 segundos, que é o tempo de duração de cada disparo. Passado esse intervalo, a arma trava automaticamente. A empresa recomenda que sejam feitos no máximo dois disparos contra uma mesma pessoa.

A arma também pode ser usada em contato direto com a pele, provocando apenas dor. Qualquer utilização fica registrada na memória do equipamento, para averiguações no caso de suspeita de mau uso.

O contrato com a Condor prevê duas mil armas a um custo de R$ 9,4 milhões, recurso do Fundo Especial de Ordem Pública. A fabricante diz ter recebido metade do valor, referente a mil pistolas. A GM, sem dar uma data, afirma que no começo de 2019 chegará o armamento restante.

Comandante do Grupamento de Operações Especiais (GOE), Alex Abrantes ressalta que a arma só deve ser usada em último caso e afirma que até o réveillon ela poderá ser vista nas ruas:

— Crimes de menor potencial ofensivo tendem a cair com os guardas equipados.

A GM diz que já há 184 agentes habilitados como instrutores. De 2009 a 2013, a Guarda chegou a trabalhar com uma pistola de choque (de outro modelo), mas uma liminar pedida pelo Ministério Público, sob a justificativa de combater excessos — principalmente na repressão de camelôs —, proibiu o uso. Em abril deste ano, a Justiça derrubou a liminar.

Diretor de Relações Institucionais da Condor, Luiz Monteiro afirma que a arma é usada por outras guardas do país, como as de Belo Horizonte, Vitória e São Paulo.


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